MÚSICOS UNIDOS PELA FÉ


A Ordem dos Músicos Católicos

Nosso símbolo:

A CRUZ é o símbolo do Cristianismo, da libertação, onde a VIDA vence a MORTE. 

A CLAVE DE SOL representa nossa musicalidade.Lucas 12,34 "De fato, onde estiver o seu tesouro, lá estará também seu coração.".

A FUSÃO entre a CRUZ e a CLAVE representa que nossa missão se funde com a nossa identidade de Cristão.

A cor AZUL simboliza as coisas do Céu.

Nossa Missão e Lema

A nossa Missão é evangelizar as pessoas através da música. Marcos 16,15  "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."

Nosso Lema é Músicos promovendo Músicos, vivemos para promover o outro e nunca a nós mesmos. Marcos 9,35 “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último e o servo de todos”

A vaidade é, se não, o pior pecado de um Músico Católico. O Músico Cristão tem que diferenciar-se por pensar e agir diferente do que prega os meios seculares no sentido de que somos instrumentos da propagação do Evangelho de Jesus e é necessário que Jesus esteja sempre em primeiro lugar, não apenas no discurso, mas também na prática diária e nas ações uns com os outros. Promover o outro, é a máxima renuncia à vaidade de um músico católico, se está pronto para promover o outro, é um músico autêntico.

Nossa Padroeira

Santa Cecília, Santa Cecília é uma santa católica, padroeira dos músicos. Não se tem muitas informações sobre a vida de Santa Cecília. É provável que tenha sido martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações arqueológicas não deixam dúvidas sobre a sua existência.

Segundo a Paixão de Santa Cecília, escrita no século V, Cecília seria da nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância.

Os pais de Cecília, sem que a filha soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia.

Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.

Estando só com o noivo, disse-lhe Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.

Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano vivamente impressionado com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha passado e conseguiu que também este se tornasse cristão.

Turcius Almachius, prefeito de Roma, teve conhecimento da conversão dos dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da formal recusa, foram condenados à morte e decapitados.

Também Cecília teve de comparecer na presença do irredutível juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se extraordinariamente e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses.

De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo, que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses.

Almachius, vendo novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília experimentou uma proteção divina extraordinária e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, a serva de Cristo nada sofreu. Segundo outros, a Santa foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa.

Almachius recorreu, então, à pena capital. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar, dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte. Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.

As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubesse o jazigo.

Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo foi encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado. O esquife foi achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília. Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.

Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.

A Igreja ocidental, como a oriental, tem grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da santa Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”.

Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra e dos músicos. Sua festa é celebrada no dia 22 de novembro, dia da música e dos músicos.

ORAÇÃO À SANTA CECÍLIA

Ó gloriosa Santa Cecília, apóstola da caridade e espelho de pureza. Por aquela fé esclarecida, com que afrontastes os enganosos deleites do mundo pagão, alcançai-nos o amoroso conhecimento das verdades cristãs, para que conformemos a nossa vida com a santa lei de Deus e da Igreja. Revesti-nos de inviolável confiança na misericórdia de Deus, pelos merecimentos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dilatai o nosso coração para que, abrasados do amor de Deus, não nos desviemos jamais da salvação eterna. Gloriosa padroeira nossa, que os vossos exemplos de fé e de virtude sejam para todos nós um brado de alerta para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e na salvação eterna. Amém!

Santa Cecília, rogai por nós!

BIBLIOGRAFIA:

* Conti, Dom Servilio. O Santo do dia, 4ª. ed. revista e atualizada, Petrópolis,Vozes, 1990, p. 519-522;

* Alban Butler. Vida dos Santos, vol. XI/novembro. Petrópolis, Vozes, 1993, p. 207-210;

* Cordeiro, V. A. Santa Cecília. Porto, 1913.